O mundo, às vezes, fica-me tão insignificativo
Como um filme que houvesse perdido de repente o som.
Vejo homens, mulheres: peixes abrindo e fechando a boca num aquário.
Ou multidões: macacos pula-pulando nas arquibancadas dos estádios…
Mas o mais triste é essa tristeza toda colorida dos carnavais
Como a maquilagem das velhas prostitutas fazendo trottoir.
Às vezes eu penso que já fui um dia um rei, imóvel no seu palanque,
Obrigado a ficar olhando
Intermináveis desfiles, torneios, procissões, tudo isso…
Oh! Decididamente o meu reino não é deste mundo!
Nem do outro…
fevereiro 8th, 2007 at 2:47 pm
Econtrar poesias pinçadas na net é difícil pra caramba!
fevereiro 12th, 2007 at 4:06 pm
Esse poema de Mario Quintana e perfeito, reflete perfeitamente o sentimento que tenho para com o carnaval.
Seu blog e muito bom.