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Realidade Torta

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Bloomsday

Touch me.
Soft eyes.
Soft soft soft hand.
I am lonely here.
O, touch me soon, now.
What is that word known to all men?
I am quiet here alone.
Sad, too.
Touch, touch me…

Ulysses – James Joyce


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A mercadoria como espetáculo

O espetáculo é a outra face do dinheiro: o equivalente geral abstrato de todas as mercadorias. Mas se o dinheiro dominou a sociedade enquanto representação da equivalência central, isto é, do carácter permutável dos bens múltiplos cujo uso permanecia incomparável, o espetáculo é o seu complemento moderno desenvolvido, onde a totalidade do mundo mercantil aparece em bloco como uma equivalência geral ao que o conjunto da sociedade pode ser e fazer. O espetáculo é o dinheiro que se olha somente, pois nele é já a totalidade do uso que se trocou com a totalidade da representação abstrata. O espetáculo não é somente o servidor do pseudo-uso, é já em si próprio, o pseudo-uso da vida.

Guy Debord, in “A sociedade do espetáculo”


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procuro

(…) procuro o maço de cigarros na carteira, fumar mata, em letras enormes, de um lado, do outro, fumar causa o envelhecimento da pele, se por um acaso não morrer, se me der para ser eterna, tenho direito a uma indenização já que me asseguraram que fumar mata, desde quando é que todas as coisas desataram a falar, a estrada, conduza com prudência, respeite a margem de segurança, se conduzir não beba, imagino qualquer dia o hall de um prédio, se tiver uma vizinha boazona por favor não a apalpe, ou, apalpar vizinhas depende da autorização prévia do condomínio que reserva o direito de, outro aviso, quando pisar merda de cão na rua não limpe os sapatos no capacho do vizinho, procure antes os capachos de outros prédios, acendo o cigarro, hoje à tarde o banco, subscreva um plano poupança habitação, um plano poupança reforma, qualquer dia o banco, subscreva um plano infalível de assalto à mão armada, pode ainda subscrever os complementos especial perversidade, ou fuga para país tropical, a farmácia onde ontem fui comprar pingos para o nariz, já não se usa morrer de amor, use preservativo, vigie o seu colesterol, meça a sua tensão, beba um litro e meio de água por dia, evite as gorduras, faça exercício, a farmácia e o rol de conselhos, não acho bem que as estradas, os bancos, as farmácias, as roupas, tenham desatado a falar, os disparates dos falantes tradicionais chegavam (…)

Dulce Maria Cardos


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Se a…

“Se a compreensão não for acompanhada de um reconhecimento pleno do outro como sujeito, então essa compreensão corre o risco de ser utilizada com vistas à exploração, ao tomar; o saber será subordinado ao poder”.

T. Todorov, A conquista da América


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entrou por manhas

[...] entrou por manhãs calmas saiu por tardes tempestuosas, conheceu a desvairada solidão dos aglomerados e o encontro a sós consigo próprio, em pontes nocturnas sobre o mar, foi orientado por luzinhas longínquas e percorreu círculos viciosos envolvido em nevoeiro, viu a dádiva de tudo em olhares passageiros e a recusa de tudo na dureza de outros olhos, muito desnorte, um certo apelo, desolação, algum pavor, mágoas secretas, chagas lambidas, gritos calados, suores imensos, prantos mordidos, fúrias latentes, traições rasteiras, crimes inúteis, e também lírios, esquinas de encontro, amores-perfeitos, camaradagen, peitos abertos, contentamento, prazer de nada, riso e lágrimas, cabeça ao vento, cara na lama, moeda falsa, libra esterlina, sangue cuspido, saliva fresca, dor muscular, repouso ganho, rio que não pára, margem que fica, folha que cai, ramo que cresce, viagem certa, derivação, ursa maior, lodo profundo, canto e mudez, brilho e toupeira, espírito forte, perna arrastada, bota cambada e pé na areia, voltou ao bairro numa certa noite de lua alta, a tranquilidade era absoluta, durmam todos, durmam todos, lembrou-se de Manuel Bandeira e de que estão todos dromindo profundamente, amanhã talvez seja um novo dia, talvez haja, quem sabe?, um Movimento de Capitães feito com uma rapidez que já está, [...]

Dinis Machado


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A imagem

A imagem estática é um meio de concepção de si e do outro, lugar estratégico para discutir a informação e a arte. Trata-se de construir diálogos entre a linguagem verbal e não-verbal, e de encontrar na subjetividade da poética fotográfica a essência e a sobrevivência da própria fotografia.

Maurice Merleau-Ponty


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